Ao meu redor, a grama cantava, suave, suma melodia monofônica. O vento batia em meu rosto, deixando-o gélido. Pensei no vazio que eu havia criado para me proteger. Mal sabia eu que estava, novamente, errado...
Já havia tempo que não via Christyne. Seus cabelos negros e sua pele macia me faltavam. Queria poder abraçá-la, dizer o quanto sinto sua falta. Ela não viria...
Entrei na cidade, a rua me trouxe lembranças. Daquela árvore, na qual passávamos tardes juntos, lendo. Do som do piano que emanava da sala da velha Iedes. Quantas horas passamos sentados embaixo da janela daquela casa, só para ouvir aquela senhora tocar as 'Noturnas de Chopin'...
Lembro que passamos muito tempo juntos, mas nunca a beijei. podia ter pelo menos contado a ela que a amava... Hesitei...
Acordei. Estava de pé, no meio da rua.
Nunca achei que a volta para casa seria tão difícil...
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